Considerando a teia de problemas sociais que enfrentamos, quando a um governo de viés claramente destruidor da, já combalida, democracia burguesa, alia-se a pandemia do SARS-Cov-19, talvez o maior desafio geracional dos últimos séculos, por sua natureza global, não podemos deixar de lembrar a quase paralisia do campo progressista. Tal paralisia tem se mostrado, não como silêncio, mas com uma face reativa. Reage-se pontualmente, fenomenicamente, aos efeitos da necropolítica vigente no pais, utilizando-se, para tanto, dos poucos meios que a corroída democracia formal permite. Ora, a resistência necessária aos efeitos do cenário mencionado, relaciona-se , segundo entendemos, à capacidade de investigar o real dado e extrair-lhe, dentre a teia de problemas, as determinações fundamentais que o constituem. Sem esse exercício filosófico não há proposta de transformação possível.

Nesse sentido, este número da Revista do NESEF Filosofia e Ensino traz um conjunto de conteúdos, e pespectivas mediações, que procuram contribuir com o difícil processo de identificação, entendimento e demonstração filosófica de problemas candentes realidade contemporânea.


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